The Agile Ostrich Development Method Development Method
Como Andy Warhol preconizou, todos têm direito a seus 15 minutos de fama. Hoje, através da blogosfera, conseguimos atingir a institucionalização dos 15 minutos para as massas.
Não que eu considere Warhol. Para mim, contestação pseudo-aforística baseada apenas em devaneios pessoais, sem embasamento (não necessariamente empíricos, mas também racionalistas) valem tanto quanto um churrio intelectual. A blogosfera é um ambiente propício para isso, onde pálidos arremedos de empirismo são declarados como verdade prontamente generalizável.
Um filósofo brasileiro, talvez o único legítimo na nossa atualidade diz que as pessoas não deveriam esperar ser ouvidas sobre um determinado assunto por mais tempo que se dedicaram a estudar ou refletir sobre o tema. É um argumento objetivo, apesar do caos mental em que as pessoas andam imersas atualmente onde referenciais, se muito, entram em obsolescência em uma velocidade maior do que a maioria das pessoas consegue lidar.
Técnicos (bem como profissionais em alguma pos) gostam de ouvir a própria voz. É uma questão de Ego (um dia exponho a Teoria do Hamsterismo em Profissionais de TI, desenvolvida por um camarada meu desenvolvedor e dublê de psicólogo). Teorias são prontamente formadas baseadas em crenças, medos, preconceitos e observação enviesada do micro-ambiente circundante ao observador.
Neste sentido, deixo uma proposta anedótica de um meta-metodologia para desenvolvimento de software (não tão desenvolvida quanto o Glacial Methodology) ágil. Baseada unicamente na minha experiência ao analisar o comportamento das pessoas. Ela é absurdamente simples. É baseada unicamente pelo amálgama do buzzword oriented development com o comportamento clássico de pessoas avessas a mudanças (ou não muito dadas ao rompimento com o cordão umbilical de sua zona de conforto).
Eu chamo de Meta Agile Ostrich Development (MAOD). Segue:
- Devemos analisar nosso ambiente;
- Devemos ignorar completamente 40 anos de avanços em Engenharia de Software;
- Empiricamente ("" como diria Dr. Evil) devemos analisar o ambiente sócio-técnico de estudo;
- Formulamos uma hipótese pseudo-aforística, por exemplo: "vamos queimar a documentação de requisitos do software e elevar testes de software ao status de especificação" que aparentemente elimine a necessidade de tal burocracia passe a ser lei;
- Indo de encontra todos os fundamentos da honestidade intelectual, elevamos a hipótese unicamente baseada em nossas crenças ao nível de imperativo categórico;
- Insituimos a generalização e aplicabilidade do nosso modelo de forma ampla e irrestrita;
- Criamos um post no blog;
- Ficamos a espera de um feedback da comunidade que corrobore nosso sentimento auto-indulgente e rebatemos críticas ao estilo Groucho Marx: "Em quem você vai acreditar: em mim ou nos seus olhos?".
A buzzword do momento definitivamente é Agile. Concordo com meu camarada Diego Pacheco. Basta complementarmos uma série de princípios baseados no comportamento padrão das pessoas (tanto em stand alone como em organizações). Esta é a cereja no topo do bolo (se fosse uns 3 anos atrás era só trocar por Spring ou Hibernate).
Voilá! Temos uma metodologia de desenvolvimento com sex appeal. Com apelo às massas.
É só postar e esperar nossos 15 minutos profetizados por Andy Warhol.